domingo, 6 de junho de 2010

Galo passa a Copa na zona


Foi difícil assistir até o final. Galo e Ceará fizeram um dos piores jogos do ano no Mineirão, que fecha hoje e reabre em Janeiro de 2013.

O Atlético contou com o retorno de Aranha no gol, mostrando que a diretoria ainda não resolveu a novela dos goleiros, que teve início com a negociação de Diego com o Almeria, em 2007. Enquanto não aprender a sair do gol e a chutar a bola, Aranha não serve para o gol do Galo. Luxemburgo também escalou Jataí e improvisou Diego Macedo no meio. Os dois foram muito mal: Jatái errou tudo que tentou e Diego Macedo se mostrou completamente perdido na sua nova posição. Com tudo isso e um pouco mais, o primeiro tempo do Atlético foi, como gosta de dizer Lélio Gustavo, péssimo dos péssimos. Somente aos 34 minutos, o lateral-direito Coelho chutou de canhota a primeira bola em gol do Atlético no jogo. Antes disso, o Ceará teve pelo menos duas boas chances para abrir o marcador, o que acabou acontecendo aos 10 minutos do segundo tempo. A partir daí, o Galo foi pra cima, porém demonstrou mais uma vez tudo aquilo que irrita sua torcida: falta de criatividade, erros ridículos de passe e "sonolência" de alguns jogadores. O Ceará esteve bem mais perto do segundo gol do que o Atlético esteve do empate. Ao final do jogo, a torcida (que apoiou o time durante o jogo inteiro, mesmo após o gol do time cearense) perdeu de vez a paciência com os jogadores, com inteira razão.

As seguidas falhas e a constante falta de criatividade do time é reflexo direto da falta de confiança que pairou sobre o time. No jogo de hoje, ninguém ousou virar a bola de um lado para o outro, pouquíssimos arriscaram um drible e raríssimos tentaram chutes de fora da áerea. O melhor exemplo disso é o zagueiro Werley. O jogador fez um excelente campeonato Mineiro e vinha bem na copa do Brasil. Bastou o time levar quatro gols do Grêmio Prudente e ele passou a falhar seguidamente. Hoje foi bisonho, assim como foi o resto do sistema defensivo do Atlético.

Após o término da partida, Luxemburgo e Kalil endossaram o mesmo discurso: reformulação a vista. O Atlético vai agir, vai mandar alguns embora e trazer outros. E para os que ficarem, Luxemburgo foi bem claro: essa falta de comprometimento que foi vista hoje não será mais tolerada. Concordo com ambos, porém volto a insistir que além de reforços, o time precisa de um bom psicólogo.

Na reestréia do Brasileiro, o Atlético já deve contar com Méndez, Daniel Carvalho e Obina. É claro que eles devem contribuir em qualidade para o time, porém Kalil precisa pensar em pelo menos um zagueiro e dois laterais. O Galo inexiste pelas pontas. O time não confia nos goleiros e os goleiros não confiam na defesa. Veremos qual será a solução da dupla Kalil / Luxa.


Nenhum comentário:

Postar um comentário