Sinal amarelo em Minas - Parte II

A impressão que ficou foi de que Cruzeiro x Ceará e Cruzeiro x Botafogo, no quarta passada, foram um jogo só: de um time sem criatividade, apostando no seu goleiro e esperando pelo fim da partida. Fábio é excepcional, mas não imbatível. Essa fórmula não levará o time celeste a lugar nenhum.

Mais uma vez o Cruzeiro é prejudicado pela infantilidade de seus jogadores. Dessa vez foi Wellington Paulista. Expulso (justamente) pela soma de dois amarelos resultantes de reclamação, o jogador enterrou por completo qualquer chance de reação do Cruzeiro no Castelão. Inacreditável a recorrência deste problema no Cruzeiro. Desde o ano passado na Libertadores, o Cruzeiro frequentemente termina seus jogos com jogador(es) a menos. Chegou a hora da diretoria celeste parar de passar a mão na cabeça dos jogadores e ser mais rigorosa em relação às expulsões. Também já passou da hora da diretoria interferir no time, no sentido de buscar uma saída para o momento melancólico que o time atravessa.

Sinal amarelo em Minas - Parte I

O Atlético foi derrotado hoje no Mineirão pelo Fluminense, por 3 x 1. Se não fosse pelas intervenções do goleiro Marcelo (que hoje não inventou e foi bem) o placar seria mais elástico. Em relação ao segundo gol do Flu, o goleiro fez o que todos fariam em seu lugar: esperou pelo cruzamento para o meio da área e foi surpreendido pelo chute em direção ao gol.

O Galo abriu o placar aos 2 minutos de jogo, dando a impressão de que iria deslanchar. Porém o Fluminense se recuperou, dominou o jogo e virou o placar com inteira justiça.

Passadas 5 rodadas do Brasileirinho, o Galo soma 3 derrotas e 2 vitórias. Pode-se dizer que é um começo surpreendente no sentido negativo para o time mineiro. Em suas duas últimas atuações, o time beirou a apatia e despertou novamente aquela desconfiança em seu torcedor. E para piorar, perdeu um de seus principais jogadores: Corrêa. Com certeza fará muita falta ao elenco, já que não há peças de reposição no elenco e muito menos no mercado. O time também não renovou com o lateral Carlos Alberto, que ia mal no ataque (igual a Coelho) mas ao menos ia bem na defesa (diferentemente de Coelho). Luxemburgo diz que o time passa por uma fase de transição (que segundo Kalil pode encerrar-se com a venda de Diego Tardelli). Portanto, é hora da diretoria do Atlético estar em alerta. O time atravessa um momento no mínimo conturbado e os fatos recentes contribuem para isso.

Luxemburgo é excelente técnico, porém nada pode fazer se todas as suas ferramentas forem tomadas.

Torcida celeste pede reforços. O time também !

Pena que Dunga estava muito ocupado ontem a noite. Ele perdeu mais uma prova cabal de que Fábio é melhor do que Doni e Gomes juntos. Tudo bem estou exagerando. Mas ele é no mínimo 10 vezes melhor do que Doni, em todos os aspectos.

Fábio foi o herói outra vez porque o Cruzeiro novamente usou e abusou da paciência de seu torcedor. O time foi bem até fazer o seu gol, com o esforçado Thiago Ribeiro. A partir daí, assentou-se no campo de defesa e viu o Botafogo, com 3 serísimos desfalques, tomar conta do jogo até o final. Verdade que Kléber perdeu gol feito aos 20 do segundo tempo, porém foi só.

Adílson Batista tentou diminuir o domínio do time carioca colocando Pedro Ken no lugar de Roger, que jogava bem. Como o Cruzeiro havia perdido o meio de campo, sua intenção era abrir mão de um jogador totalmente ofensivo por outro que auxiliasse na marcação no meio e ainda poderia servir o ataque. OK, faz sentido. Mas o que Pedro Ken está fazendo no Cruzeiro? Será que Adílson Batista realmente acredita que ele poderia ser a solução para este problema? Pedro Ken deve ser aquele jogador que come a bola no treino. Só pode. Somente isso justifica sua presença no banco de reservas do Cruzeiro.

As últimas atuações do Cruzeiro mostram claramente que o time não consegue mais inovar. São sempre as mesmas jogadas, o mesmo marasmo em campo. É hora de renovar. De trazer dois ou três jogadores que injetem ânimo novo no time e transformem o futebol da equipe, conforme fez Fernandão no São Paulo. Adílson Batista já queimou toda sua lenha na toca da raposa. Ele não tem mais recursos para criar algo novo dentro do time.

Ao final do jogo, a torcida mandou Perrella para aquele lugar, claramente insatisfeita com a declaração do dirigente antes da partida, quando afirmou que o Cruzeiro não vai fazer loucuras para arrumar o time. Zezé Perrella precisa enxergar que não é a torcida que está carente de reforços, mas sim seu próprio time.

Galo pífio no Barradão

Luxemburgo disse que o seu planejamento consiste em deixar o Atlético no G4 do Brasileiro antes da Copa do Mundo. Com base no que o time vem apresentando fora de casa, acho que contas precisam ser refeitas.

Assisti somente o primeiro tempo do jogo entre Galo x Vitória, no Barradão. Foi o suficiente para observar os mesmos erros que o Atlético cometeu contra o Prudente e em algumas partidas do campeonato Mineiro quando atuava fora de casa: um time preso, sem criatividade, sem jogadas pelas pontas e com uma defesa insuportavelmente vacilante.

Já no segundo tempo, os fatos constroem a imagem do que deve ter sido a atuação do galo: 35 minutos com um jogador a mais, tomou dois gols, sendo um aos 43 minutos do segundo tempo.

Os dois primeiros gols do Vitória são lances "aceitáveis" de jogo. Porém o terceiro e o quarto são inaceitáveis para um time que diz querer ser campeão Brasileiro. Conforme disse Júnior Brasil durante a transmissão da Itatiaia, ao referir-se a falha grotesca do goleiro Marcelo: "isso aí nem o Aranha nos seus piores dias faz". Já o quarto gol é reflexo de que ainda falta muito para o Galo ser um time pronto para algo maior: 43 minutos do segundo tempo, jogo empatado, com um jogador a mais, um bonde (Evandro) recebe a bola dentro da área, ninguém se preocupa em pelo menos cercá-lo e ele faz o gol contra seu ex-time. Pífio final para o Galo na Bahia.

Ao fim do jogo Luxemburgo cobrou atitude de seus comandados. Nada mais correto. Porém as vezes é difícil cobrar algo que alguns não tem condições de oferecer.

Somente Lula pode desperdir-se da seleção

A seleção brasileira passou hoje por Brasília, onde o presidente Lula despediu-se dos jogadores e comissão técnica, além de desejar boa sorte a todos. Na saída para o aeroporto, o ônibus levando os jogadores passou direto pelos torcedores que desejavam ao menos acenar para a sua seleção. Vidros negros, todos fechados, nem uma paradinha de 10 segundos Dunga liberou. Assim foi também eu Curitiba.

É consenso de todos que a preparação de Weggis 2006 teve vários exageros e que o resultado do Brasil na copa pode ter sido afetado por isso. Dunga quis mostrar ao país que nada disso ocontecerá de novo. Nada de torcedores gritando no treino. Nada de festas dentro e fora do campo de treino. Nada de câmeras de TV espalhadas ao estilo BBB. Até aí tudo bem. Porém, Dunga proibiu o torcedor brasileiro de aproximar-se de sua seleção. Proibiu o apaixonado brasileiro de despedir-se e desejar boa sorte aos seus representantes. Proibiu a garotada de acenar para seus idolos que passavam a sua frente.

Dunga esqueceu que além de Lula, mais 190 de brasileiros torcem pela seleção.

André Sanchez é o chefe da delegação brasileira na copa 2010

Na Copa, o senhor vai controlar as baladas dos jogadores?
Se tiver folga e eles forem pra boate, pra discoteca, pro barzinho, pro shopping ou pra igreja, é problema deles.

O Kaká não sofre?
E qual é o problema de ter mulher? Ainda bem. Já pensou se tivesse homem? Eu prefiro jogador que, se for solteiro, tenha dez mulheres do que um homem.

Vamos com calma, Itatiaia !!

Com mais uma atuação desinteressante, o Cruzeiro contou com o fenomenal goleiro Fábio para buscar um ponto no Brinco de Ouro na princesa. Não ví o jogo, porém ouví a narração da Itatiaia, mais precisamente de Alberto Rodrigues. Pelo que foi falado, o Cruzeiro inexistiu no primeiro tempo, melhorou no segundo a ponto de buscar o empate, porém esteve mais perto da derrota do que da virada.

Fica claro que o Cruzeiro ainda não achou um padrão de jogo, uma identidade para o time nesta temporada. Fez duas belas exibições em meio a atuações apáticas. Adílson Batista não ajuda, e ainda é atrapalhado por falta de peças de reposição. Mais uma vez ele mandou a campo um jogador "capengando": Jonathan pediu para não jogar e entrou no segundo tempo, totalmente sem condições.

Porém o fato que mais me chamou a atenção foram os comentários de Júnior Brasil e Alberto Rodrigues. É claro que eles devem cobrar do time, devem chamar atenção do que julgam estar errado e por aí vai. Porém, as vezes parecem se esquecer que o rádio ainda é fonte de informação para muitas pessoas que tomam tais informações e comentários como verdades absolutas. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Alberto Rodrigues e Júnior Brasil diziam: "O Cruzeiro está descendo a ladeira." "Vejo um prenúncio nebuloso para o Cruzeiro neste Brasileiro". Temos que ir com calma. É verdade que vários jogadores já deram o que tinham que dar, que o time necessita de reforços, porém vale lembrar que ano passado, o Cruzeiro foi derrotado em pleno Mineirão pelo Estudiantes na final de Libertadores e na partida seguinte, também em Belo Horizonte, perdeu para o Corinthians por 1 x 0. Ouvimos os mesmos comentários. E no final da história, o Cruzeiro ameaçou brigar pelo título e ainda pinçou uma vaga na competição continental.

Neste momento no mínimo complicado pelo qual passa o time celeste, em nada ajuda ter a torcida jogando contra o time. E a rádio tem o poder de fazer isso. Ainda mais a Itatiaia, ícone do esporte em Minas Gerais. O torcedor celeste deve saber que o Cruzeiro ainda possui um time competitivo quando comparado com os demais, e que reforços devem chegar. Esta imagem de que o time não serve mais só atrapalha.

Galo soberano no Mineirão

Em jogo válido pela terceira rodada do brasileirinho (o brasileirão começa apenas depois da Copa) o Galo amenizou o desastre de Presidente Prudente com uma atuação convicente no Mineirão.

Sim, o time começou o jogo em um ritmo um pouco lento , sendo que o goleiro Marcelo foi até ameaçado por dois chutes de fora da área. Porém durante todo o primeiro tempo o Galo foi em busca do gol, que só não saiu por causa das boas defesas do goleiro Neto e pela falta de pontaria dos jogadores alvinegros. Somente na primeira etapa, o Galo teve pelo menos 4 chances nítidas de gol. Na melhor delas, Tardelli perdeu dentro da pequena área, gol que ele não costuma desperdiçar. Já o time do Atlético-PR, seríssimo candidato a rebaixamento, preocupou-se mais em marcar do que sair para o ataque. O placar de 0 x 0 na primeira etapa não refletiu o que foi o jogo (mas não foi injusto: criar inúmeras oportunidades e não tirar o zero do placar não é injustiça, mas sim incopetência).

No segundo tempo, o jogo seguiu o mesmo desenho: o Galo encima e o xará atrás. Só que desta feita as chances foram convertidas em gol. Muriqui, Tardelli e Ricardinho mataram o jogo antes dos 30 minutos. O Furacão ainda diminuiu no final, quando o Galo já havia tirado o pé.

Em resumo, o Galo obteve uma vitória tranquila, porém o time não está pronto para a disputa de uma vaga na libertadores (e quem sabe do título). Falta para o time um meio de campo armador, capaz de fazer a transição defesa-ataque, hoje feita muitas vezes na base do chutão. Ricardinho tenta exercer esta função, mas é limitado pela idade, não conseguindo imprimir a velocidade que o time precisa. Mendes e Daniel Carvalho prometem ajudar. Já no gol, Marcelo fez boa estréia. Fez duas grandes defesas, porém titubeou na bola que mais cabelos arranca dos torcedores alvinegros: as sáidas de gol. Errou duas. Mas deixou boa impressão.

A lição da Libertadores

Passada a eliminação da Libertadores, é hora da diretoria do Cruzeiro parar para pensar no restante da temporada, ou melhor, no campeonato Brasileiro.

Porém, é hora também de fazer uma reflexão sobre as recentes opções da diretoria celeste. Perrella prometeu reforços para a segunda fase da Libertadores e trouxe Fábio Santos, que estava apenas "mancando um pouco". E o pior é que a diretoria e o técnico Adílson já sabiam das condições do jogador. Tanto é que sua volta ao Cruzeiro foi fechada com o chamado contrato de risco, quando o jogador recebe por partidas jogadas. Enquanto o São Paulo trouxe Fernandão, o Cruzeiro trouxe Fábio Santos. No gol o Cruzeiro está o melhor goleiro do Brasil, porém a frente dele, estão Thiago Heleno e Gil. Parar Dagoberto e cia com essa dupla ... fica complicado.

Na frente o Cruzeiro tem Kléber que, quando fica em campo, é sensacional. Mas pagou uma fortuna por Kieza. Trouxe Guerrón que até agora não disse a que veio. Não tem substituto a altura para Thiago Ribeiro. No meio, Marquinhos Paraná há muito tempo não joga bem e Gilberto não decide.

A verdade é que desde 2003 o Cruzeiro não ganha um título de expressão. Já o Atlético, de 1997 (quando ganhou a Conmebol) pra cá venceu somente os Mineiros de 1999,2000,2007 e 2010. E a maneira de ambas as diretorias esconderem estes fatos foi criar diversões para as respectivas torcidas. Provocações de ambos os lados, declarações polêmicas e palhaçadas são atitudes condizentes com a posição de torcedor, e não dirigentes. Já passou da hora de Perrella e Kalil assumirem seus postos e deixar as palhaçadas por parte da torcida.

Cruzeiro fora ! Santos campeão !

KLÉBER MAIS UMA VEZ ...

Kléber foi mistério durante toda a semana. Ameaçado de não jogar, era a maior esperança de gols do time celeste. Kléber foi escalado, mas não jogou. Foi expulso antes mesmo de ser lembrado em campo, por excesso de rigor de Jorge Larrionda. Porém Kléber não tinha nada que meter a mão duas vezes na cara do jogador do São Paulo. Mais uma infantilidade do Gladiador.

A partir daí, o São Paulo simplesmente ignorou o Cruzeiro. Fez de tudo um pouco, da forma que bem entendeu. Fez o resultado, poderia ter ampliado e classificou-se com méritos para mais uma semi final de Libertadores. Dois chocolates: um em Minas e outro em São Paulo. Surpreendente ? Sim. Inexplicável ? Claro que não. O elenco do São Paulo é superior quando comparado com o Cruzeiro. Até o primeiro jogo das quartas, o São Paulo não vinha jogando bem. Pelo contrário: as más atuações o colocavam como "zebra" neste embate. Porém, o futebol apareceu quando o São Paulo mais precisou e por isso fez valer sua melhor capacidade técnica. Atenção América: O São Paulo quer o tetra ... e como quer !

Para o Cruzeiro resta o campeonato Brasileiro. Sem reforços, brigará somente para estar na libertadores do ano que vem.

PRAZO DE VALIDADE DE ADÍLSON JÁ SE FOI ...

Sou contra a prática mais comum do futebol brasileiro: time perdeu 5 jogos demite o treinador. Porém cada vez mais me convenço que Adílson Batista não é técnico (ou AINDA não é) compatível com a grandeza do Cruzeiro. Foi bicampeão mineiro e só. E em várias oportunidades quando teve a chance de almejar algo maior, falhou. E várias vezes bisonhamente, como na primeira partida contra o São Paulo, no Mineirão: colocou Fábio Santos em campo mesmo ele estando "mancando um pouco". Assistiu seu time tomar 3 gols iguais do lanterna Fluminense no jogo que colocaria o Cruzeiro definitivamente na briga pelo título do Brasileiro 2009. Não teve pulso e capacidade de fazer os seus comandados esquecerem da premiação e lembrarem de jogar bola na final da Libertadores 2009. Enfim, Adílson para mim AINDA será um grande técnico. Ao invés de construir shopping center, cinema, lojas e outros mimos dentro de centro de treinamento, melhor seria repatriar Felipão ...

SANTOS CAMPEÃO ... E GANSO ??

Não ví o jogo Santos x Grêmio. Porém ví mais uma prova de que Dunga cometeu um crime em deixar Ganso fora da Copa. Que golaço para abrir as portas para a vitória santista. Teremos uma final inédita, Santos x Vitória. Aposto em duas vitórias do time paulista.

Salvo uma catástrofe, a Copa do Brasil 2010 já tem campeão.