sábado, 3 de julho de 2010

Técnicos inventados: a grande lição da Copa


Brasil e Argentina tiveram mais semelhanças do que se imagina nesta Copa: ambos voltaram para casa caindo nas quartas e possuíam técnicos inventados pelas suas respectivas confederações.

A história foi idêntica para brasileiros e argentinos: assistimos os treinadores pasmos à beira do gramado, sem saber o que fazer, imobilizados e frágeis diante de Holanda e Alemanha. Ambos batalharam contra a imprensa e são ex-jogadores símbolos de uma era de suas respectivas seleções. Porém nenhum dos dois tem cacuete para dirigir times da grandeza de Brasil e Argentina em uma Copa do mundo. Dunga e Maradona queimaram etapas (e muitas), ao serem colocados nos comandos de suas seleções sem o mínimo conhecimento e vivência no assunto.

Isso não quer dizer que um dias eles não possam voltar aonde estiveram. Aliás, acredito muito mais em Dunga do que em Maradona como técnico. O brasileiro conseguiu montar um time competitivo, com padrão de jogo e equilíbrio, utilizando soldados ao invés de craques. Já Maradona não conseguiu criar nada com uma leva de craques. Nas eliminatórias foi um desastre, na Copa o talento individual decidiu contra times fraquíssimos.

Como coloquei aqui, acreditava que Dunga poderia ganhar a Copa. O primeiro tempo brasileiro contra os holandeses foi de um time candidatíssimo ao título. Porém Dunga esbarrou nos detalhes que ainda lhe conferem um status de iniciante na profissão, o que não lhe credencia a dirigir uma seleção brasileira num mundial. Parece contraditório, mas como o futebol não segue uma linha lógica nos seus acontecimentos, faz sentido. Dunga ganharia a Copa caso seu time e seus adversários se comportassem sempre conforme ele esperasse. Na primeira vez que isso não aconteceu, tanto ele quanto Maradona ficaram perdidinhos no banco de reservas, assim como seus comandados dentro de campo.

Para 2014, a CBF tem que pensar grande. É o mundial dos sonhos dos brasileiros. Imagine ganhar uma Copa dentro do Maracanã, contra a Argentina, por exemplo. Que não inventem outro Dunga, outro Felipe Melo. E bem que poderiam desinventar Ricardo Teixeira.









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